quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dança do Ventre


Há mais ou menos nove meses estou fazendo aulas de Dança do Ventre e cada dia gosto mais! Quando estou dançando esqueço os problemas, presto mais atenção em mim, fico leve! Os benefícios são tantos que resolvi postar algumas informações sobre essa arte que "desperta mistérios, celebra a beleza e fortalece a alma feminina".

NOME

Originalmente, o nome da Dança do Ventre é Racks el Sharqi que, de acordo com a tradução do árabe para o português, significa Dança do Leste. Segundo Shahrazad, a pioneira da Dança do Ventre no Brasil, Dança do Leste foi o nome dado a esta dança porque “significa onde o Sol nasce, isto é, de onde a mulher recebe as energias e o poder do Sol”. Posteriormente, este nome foi traduzido pelos franceses como Danse du Ventre e pelos norte-americanos como Belly Dance. Chegou ao Brasil, portanto, como Dança do Ventre, ou Dança Oriental Árabe ou ainda Dança do Leste, que seria a forma mais correta de chamá-la.

ORIGEM

A Dança do Ventre é de origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou.
A literatura histórica sobre o assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre o assunto concordam que há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre.
Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses. A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência às deusas. Com movimentos ondulatórios e batidas de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida. Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso e sem apresentações públicas. Essas mulheres reverenciavam as deusas por acreditarem que elas eram as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza.
Acredita-se que, quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.

A DANÇA DO VENTRE NA ATUALIDADE

Hoje, raramente a Dança do Ventre é praticada como ritual religioso, mesmo que muitos ainda a vejam como uma prática sagrada.
Atualmente, as características mais evidentes da Dança do Ventre são cultural, artística e profissional. Cultural porque ela faz parte da tradição, do patrimônio cultural de muitos países, principalmente árabes, nos quais a dança é transmitida de uma geração para outra. A característica artística e profissional se manifesta nas pessoas que a estudam, treinam, ensinam e se apresentam.
A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse dos ocidentais pela Dança do Ventre. Talvez, esse interesse se deva ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais.
De acordo com a bailarina e professora Hayat el Helwa, “a Dança do Ventre foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em1889, onde foram trazidos diversos artistas de rua algerianos, para se apresentarem na mostra”.
Nos países árabes, atualmente, as apresentações de Dança do Ventre ocorrem em diversos lugares como casas de shows, teatros e night clubs (geralmente, localizados em hotéis cinco estrelas). Inclusive muitas bailarinas brasileiras se apresentam nesses locais. É importante registrar que as apresentações são realizadas nos palcos desses lugares e, quase sempre, a bailarina é acompanhada por uma banda composta de muitos músicos.

POR QUE FAZER DANÇA DO VENTRE?

Dentre tantas técnicas de emagrecimento e manutenção da boa forma, há quem pergunte por que a Dança do Ventre tem sido tão procurada para este fim. A resposta está no íntimo de cada uma.
Além de ajudar a mulher a redescobrir-se, livrando-se de bloqueios emocionais e corporais, são conhecidos seus benefícios estéticos. Os movimentos circulares sinuosos e vibratórios fazem a energia vital circular por todo o organismo, proporcionando assim equilíbrio dinâmico dos chacras. Fisicamente, ajuda a tornar o corpo da mulher mais cheio de curvas, mais sinuoso, mais sensual, além de modelar a cintura e permitir um melhor funcionamento dos órgãos internos através da constante massagem das ondulações abdominais. A dança, feita na maioria do tempo na ponta dos pés, fortifica as pernas e a musculatura da região pélvica. No plano emocional, ao mesmo tempo em que torna a mulher mais segura de sua importância, torna também mais suaves seus movimentos e gestos, inclusive no dia a dia.

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