Vivia em uma floresta densa e hostil. Dificilmente os raios de sol conseguiam ultrapassar as copas das árvores. Porém, um desses feixes de luz me trouxe um homem de olhos verdes que me dizia coisas lindas e eu me deixei levar por suas belas palavras. Completamente envolvida por suas declarações, escorreguei em um precipício e ele ficou me olhando e rindo.
Me agarrei com todas as minhas forças em um galho brotado no despenhadeiro. De repente, um primo, que sempre me fez rir, apareceu. Ele pediu que eu confiasse nele, segurasse sua mão e ele me salvaria. Fiz o que ele me pediu. Confiei nele, segurei sua mão e ele me jogou no abismo.
A queda foi tão violenta, tão lenta, tão dolorida... Pensei que não fosse resistir. Acordei em um deserto. E o deserto se fez dentro de mim. Passei a desconfiar de tudo e de todos, tinha certeza que nunca mais me apaixonaria por ninguém! Até que consegui ficar com alguns homens e não me prender. Estava convicta de que tinha construído uma armadura e que ninguém iria conseguir ultrapassá-la.
Convicção ingênua. Quando estava completamente distraída e dona de mim, vi um belo homem que, como um arco-íris, coloriu a minha vida. Ele ultrapassou minha armadura e me devolveu a alegria de viver, a confiança no amor, o sorriso sincero, o brilho do olhar, o desejo de ser feliz! Floresceu no meu deserto! É tempo de plena felicidade...!
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