sábado, 25 de setembro de 2010

Monólogo

Saudades dos meus primeiros anos de vida.
Da minha infância querida!
Onde tudo era sonho, era cor-de-rosa...
Bonecas, circo, bambolê, parques de diversão...
Minha mãe, a super-mulher sempre amorosa.
Meu pai, até pouco tempo o único dono do meu coração.

Mas o tempo, implacável, passou depressa.
De repente me vi adulta, que recepção!
Conheci o céu e o inferno de uma relação.
Um amor que me arrebatou com pressa,
Com uma voracidade inacreditável!
Abalou até mesmo o inabalável.
Me vi perdida, sozinha, amedrontada, doente.
E aquele, até então, louco amor,
Me fez ficar frente a frente
Com o meu próprio amor.

A partir daí me decepcionei novamente.
Sou romântica, fazer o quê?
Adoro sentir o coração acelerado,
Ter uma pessoa povoando minha mente,
Muitas vezes não saber o que dizer,
Ter a sensação que o tempo está paralisado.

Tantas vezes me machuquei...
Mas não perdi minha capacidade de amar!
Nem consigo deixar de sonhar.
Vejo aprendizado até onde errei!
E quando penso que estou segura,
De repente o amor vem a minha procura.
Infelizmente, acho que já vi esse filme,
Mesmo assim não consigo dizer não
A esse encontro sublime
Sem lógica explicação.

Não quero ser mais uma mulher
Entre tantas que ele teve.
Quero ser única, ser assumida,
Se assim ele não quer,
Nossa relação será breve,
Não temos outra saída.

Não quero "amor" por dinheiro,
Quero amor puro e verdadeiro.
Não quero "amor" pra sociedade,
Quero amor por felicidade.
Não quero "amor" que me roube de mim,
Quero amor que nos fortaleça,
Que nos torne companheiros, enfim.
Um amor que nos enriqueça.
Será que estou exigindo demais?
Não sei, só sei que não me anularei mais.


*** "Então seguirei/ Meu coração até o fim/ Pra saber se é amor/ Magoarei mesmo assim/ Mesmo sem querer/ Pra saber se é amor/ Eu estarei mais feliz/ Mesmo morrendo de dor/ Pra saber se é amor/ Se é amor!" Jota Quest **

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